segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Dos caminhos

Todos os dias percorro caminhos, os mesmos mas sempre diferentes, todos os dias pergunto-me se vou ter o metro à minha espera, se vou apanhar pessoas cinzentas ou coloridas, bem ou mal cheirosas,se vou ficar irritado, se a ressaca do dia anterior me vai causar algum embaraço, se o cheiro do café e tabaco se sente, se vou ver aquela miuda gira, bolas já não a vejo há muito tempo, se o telefone vai tocar e se eu o vou ouvir, não, não o vou ouvir, todos os dias, no meio destas incognitas, há uma certeza, que me faz não o ouvir, que me dá ao caminho uma cor, a cor que eu quero, o cheiro, a paciencia, a segurança, um ritmo ao andar também.

Todos os dias ponho um bocadinho mais alto.



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